Introdução
“O propósito
divino não é satisfazer a nossa curiosidade, e, sim, ministrar-nos instrução
proveitosa.” –
Calvino, João. As
pastorais. Tradução de Valter G.
Martins. São Paulo – SP: Paraklestos,
1998. Comentário de I Tm. 2:14, p. 233.
“...
desejo apenas conseguir de todos os homens em geral que não esquadrinhemos nem
queiramos saber o que o Senhor escondeu e não deseja que se saiba; e que
não menosprezemos o que Ele nos manifestou e declarou com sua Palavra; para
que, por um lado, não sejamos condenados por nossa excessiva curiosidade, e,
por outro, por nossa ingratidão.”
– Calvino, João. A
instituição da religião cristã.
Tradução de Ilunga Kabedgele. São
Paulo – SP: UNESP, 2008. Tomo II, Livro
III, XXI, 4, p. 379 – 380. (Edição
Integral de 1559).
A Bíblia
descreve uma “... abominação que, de tão
horrenda, não há de obter perdão algum.” [1] Trata-se do pecado contra o Espírito
Santo ou também chamado de Blasfêmia contra o Espírito Santo. “O Salvador fala explicitamente dele em Mt.
12.31,32 e passagens paralelas; e, em geral se pensa que Hb 6.4-6; 10.26,27 e 1
Jo 5.16 também se referem a este pecado.” [2] Nesse texto eu me preocupo em explicar
algumas teorias sobre este pecado particular que não creio que fazem justiça ao
texto bíblico. Minha opinião não será dada nesse texto, mas em outro que
publicarei posteriormente. Espero que o texto seja útil para todos aqueles que,
porventura, vierem a lê-lo.
I – O Pecado Contra O Espírito Santo Só foi
Possível na Época de Cristo
Os Pais da
Igreja Jerônimo (342 – 420) e Crisóstomo (347 – 407) diziam que o pecado contra
o Espírito Santo só era possível de ser cometido na estada de Cristo na terra.
Portanto, eles defendiam que “... ele foi
cometido pelos que estavam convencidos em seus corações de que Cristo realizava
os Seus milagres pelo poder do Espírito Santo, mas, a despeito da sua
convicção, recusavam reconhecer estes milagres como tais e o atribuíam à
operação de Satanás.” [3] Esta posição parece ser defendida por
Lewis Sperry Chafer (1871 – 1952). Ele fornece dois
argumentos em favor dela. Eles são:
Primeiramente,
se este pecado “... consistia em
asseverar que as obras de Cristo, que foram operadas pelo Espírito Santo, foram
realizadas de modo contrário, por Satanás”, [4]
logo, ele não poderia ser cometido nesta era presente, “... visto que Cristo não está mais neste mundo como estava então, nem
Ele empreende no mesmo modo para fazer as obras do Espírito Santo.” [5] Não
se pode, portanto, segundo Chafer (1871 – 1952), retirar o sujeito daquela
ação, o Cristo, e o substituir por homens, nos dias de hoje, e afirmar que se
trata da mesma ofensa. A sua conclusão então é que “A possibilidade deste pecado específico cometido cessou com a remoção
de Cristo na terra.” [6] Em
segundo lugar, este pecado não pode se fazer presente em nosso tempo porque o
chamado do Evangelho inclui “quem quiser vir”. Se este pecado específico fosse
uma realidade, o convite do Evangelho deveria ser feito apenas àqueles que não
cometeram este pecado. “Deve ser
argumentado que essa condição jamais é imposta a qualquer relacionamento da
graça da presente necessidade.” [7]
Contra
esta posição, nós temos outros textos da Escritura que se referem a este pecado
(o que não é reconhecido por L. S. Chafer) e aparentam afirmar que ele
continuou possível mesmo após a estada de Cristo na terra. Os texto são: Hb 6.4-6; 10.26,27
e 1 Jo 5.16. [8]
Uma
posição semelhante, porém, que reconhece alguma aplicabilidade deste pecado
para os dias de hoje, nos é dada por John F. MacArthur, Jr. Ele diz que “... havia ocorrido um evento histórico
único quando Cristo estava fisicamente na terra. Hoje isto não é o caso. Nem
sentido primário, não se aplica hoje. Talvez haja aplicação no tempo futuro
(durante o milênio) quando Cristo estiver reinando sobre a terra.” [9]
A aplicação que este texto pode ter nos dias atuais, de acordo com ele, é que
como é o Espírito Santo quem convence o homem do pecado (cf.: Jo. 16:7-11), e é necessário que todos
nasçam de novo do Espírito (cf.: Jo. 3:
1 – 8), logo, “É o Espírito Santo o
agente regenerador da Trindade, e mais cedo ou mais tarde uma pessoa tem que
parar de blasfemar contra o Espírito a fim de atender a Cristo e ser salvo. Se
a pessoa continua rejeitando e zombando da obra convencedora do Espírito Santo,
não há maneira dela se tornar cristã.” [10]
II – Este Pecado Consiste em Impenitência Durante
Toda a Vida
Já Agostinho
(354 – 430) defendia a impoenitentia
finalis, ou seja, a “impenitência” [11] ou “teimosia”
[12] obstinada até
o fim da vida. A dificuldade com esta posição é que ela defende que “... não se comete tal pecado senão quando
se persevera nele até a morte.” [13] Contra isso, Cristo ensinou que este
pecado “... pode ser cometido nesta
vida.” [14] Nos dias atuais também há quem se
simpatize com esta ideia. Eles ensinam que o pecado imperdoável “... consiste de incredulidade persistente,
uma recusa até o fim a aceitar Jesus Cristo pela fé.” [15] Porém, esta ideia, segundo Louis
Berkhof (1873 – 1957), não poderia ser correta, pois, “... supondo-se isso, seguir-se-ia que todos os que morreram num estado
de impenitência e descrença cometeram este pecado, enquanto que, segundo a
Escritura, ele tem que ser uma coisa de natureza muito específica.” [16]
III – Somente os Regenerados Podem Cometer Este
Pecado
Para ir contra
a teologia bíblica da perseverança dos santos, “... os teólogos luteranos mais recentes ensinavam que somente as
pessoas regeneradas poderiam cometer esse pecado, e procuravam apoio para essa
ideia em Hb 6.4-6.” [17] No entanto, é preferível afirmar à luz
da Bíblia que os regenerados não podem cometer este tipo específico de pecado.
Isso veremos mais adiante.
IV – Este Pecado Consiste no Adultério e
Assassinato
Há a ideia de
que o pecado contra o Espírito Santo possa ser dois tipos básicos de pecados. O
primeiro deles é o adultério. A lógica de tal associação é que no adultério se
peca contra o corpo, e este é o templo do Espírito Santo. No Antigo Testamento,
o adultério era punido com a morte (cf.: Lv.
20:10). Então, “O raciocínio é que,
uma vez que ele merece a pena de morte e envolve a violação do templo do
Espírito Santo, este deve ser o pecado imperdoável.” [18] O segundo deles é o assassinato. A
lógica é que se o homem é criado à imagem de Deus, matar um ser humano é,
então, atacar ao próprio Deus. Ainda se pode acrescentar a isto “... o fato de que o assassinato é um pecado
contra a santidade da vida. Uma vez que o Espírito Santo é a última ‘força de
vida’, matar um ser humano é insultar o Espírito Santo.” [19] Com relação a estas teorias, Robert C.
Sproul diz que embora elas “... possam
ser atraentes a especulativas, elas não ganharam o consentimento da maioria dos
eruditos bíblicos.” [20]
V – Este Pecado Consiste em Palavra Ofensiva Contra
Deus
Há também quem
pense que o pecado contra o Espírito Santo é alguma palavra ofensiva contra
Deus. Nos Dez Mandamentos nós vemos uma séria proibição contra a blasfêmia. Em Êx. 20:7, por exemplo, diz: “Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão,
porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.” Este mandamento ensina que “É blasfêmia fazer uso do nome de Deus para fins pecaminosos tais como
a magia e o amaldiçoamento ilícito.” [21] Naquele contexto “A blasfêmia é sempre em palavra ou ação, injúria, desonra e desobediência
a Deus, e a sua penalidade é a morte por apedrejamento.” [22] (Cf.: Lv.
24:16). Portanto, “Para Deus, o abuso
verbal de seu santo nome é um assunto suficientemente sério para ser levado à
lista de suas dez ordens mais importantes. Isso nos diz que a blasfêmia é um
assunto sério aos olhos de Deus. É um pecado horrível blasfemar contra qualquer
membro da Divindade.” [23] Mas, será que isso significa que qualquer pessoa
que ofendeu em algum momento da vida o nome de Deus está condenada para sempre?
Ao estudarmos a natureza do pecado contra o Espírito Santo nós podemos afirmar
que a resposta para isso é negativa. [24] No próximo ponto entenderemos por que.
VI – Este Pecado Consiste em Palavra Ofensiva
Contra o Espírito Santo
Há os que
pensam que o pecado contra o Espírito Santo seja o ato de se falar algo
desdenhoso contra o Espírito Santo. Contra isso, Herman Bavinck diz que esse
pecado “... não consiste de uma dúvida ou
de incredulidade a respeito do que Deus revelou, nem de uma resistência ou de
uma murmuração contra o Espírito Santo, pois esses pecados podem também ser
cometidos pelos crentes.” [25] É certo que “... também há pecados contra o Espírito Santo que são perdoáveis”.
[26] O texto de Ef. 4:30 é um exemplo disso. Nele,
Paulo diz: “E
não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da
redenção.” Este texto nos ensina que “Visto que o Espírito Santo reside em nós,
cada parte de nossa alma e de nosso corpo deve ser-lhe consagrada. Se, porém,
nos entregarmos a todo gênero de impureza, é como se o expulsássemos de seus
aposentos.” [27] A linguagem que Paulo usa aqui é semelhante à do
Antigo Testamento para se referir a Deus: através da linguagem antropopática. O
termo “antropopático” é oriundo de duas palavras gregas: antropos = “ser humano” e pátos = “paixão”, [28] tendo, então, o sentido de “paixão
humana”. Nele, Deus é descrito com qualidades e emoções humanas. [29] É exatamente isso que vemos
em Ef. 4:30, com respeito ao Espírito
Santo. Nas palavras de Calvino (1509 – 1564): “Para expressar isso de forma mais familiar, ele [o apóstolo] atribui ao Espírito Santo as afeições
humanas, ou seja, alegria e tristeza.” [30] Mas, em nenhum momento o apóstolo associa este ato
do crente às Vezes entristecer o Espírito Santo [31] com o pecado imperdoável, apesar de ser importante
citar aqui a admoestação de William Hendriksen: “A blasfêmia contra o Espírito Santo é o resultado de gradual progresso
no pecado. Entristecer o Espírito (Ef 4.30), se não há arrependimento, leva à
resistência no Espírito (At. 7.51), a qual, se persistida, se desenvolve até
que o Espírito é apagado (1 Ts 5.19).” [32] Isso significa que “... a blasfêmia contra o Espírito Santo não acontece no começo nem no
meio do caminho do pecado, mas no fim.” [33]
VII – Este Pecado Consiste em Não Crer No Dom de
Línguas
Uma interpretação curiosa da natureza do pecado
imperdoável nos é relatada e criticada pelo autor de linha conservadora norte
americano John F. MacArthur, Jr. em seu livro “Os Carismáticos”. [34] Ele cita dois conhecidos carismáticos chamados
Charles e Frances Hunter. Eles não são teólogos, mas tem grande influência
sobre as “pessoas comuns” a respeito de sua interpretação da Escritura Sagrada.
“Na introdução de seu livro Por que
Falar em Línguas? Os Hunters dão a
entender que qualquer pessoa que questiona o falar em línguas ou outros
aspectos do movimento carismático estaria do lado dos fariseus que criticaram a
Jesus e atribuíram Suas obras a Satanás.” [35] Portanto, “...
os críticos do movimento carismático poderão estar bem próximos de cometer o
pecado imperdoável da blasfêmia contra o Espírito Santo.” [36] Será que isso é verdade? Um estudo de todos os
textos que falam sobre este pecado imperdoável demonstrará claramente que não
há nenhuma ligação entre estas ideias apresentadas pelos Hunters.
Itatiaia - RJ, 21 de agosto de 2013
Reverendo Heber Ramos Bertucci
_________________________________
NOTAS:
[1] Calvino, João. A
instituição da religião cristã. Tradução
de Ilunga Kabedgele. São Paulo – SP: UNESP,
2008. Tomo II, Livro III, Cap. III, 22,
p. 90. (Edição Integral de 1559).
[2]
Berkhof, Louis. Teologia
sistemática. Tradução de Odayr
Olivetti. 2. ed. São Paulo
– SP: Cultura Cristã, 2004. p. 234. Cf.
também: Idem, Manual de doutrina cristã. 2.
ed. Patrocínio – MG: CEIBEL, 1992. p. 142.
Há, no entanto, quem negue este
fato. Por exemplo, o Teólogo norte americano Lewis Sperry Chafer (1871 – 1952)
afirma que “Estes textos, contudo, embora
profundamente sérios em sua importância, não possuem relação alguma com o
pecado imperdoável.” (Blasfêmia. In: Chafer,
Lewis S. Teologia sistemática.
Tradução de Heber Carlos de Campos.
São Paulo – SP: Hagnos, 2003. v.
7, p. 49). Eu prefiro concordar com os teólogos reformados que afirmam que os
textos em questão se referem a este tipo de pecado.
[9] MacArthur, Jr.,
John F. Os carismáticos: um
panorama doutrinário. Tradução de
Elizabeth Gomes. São José dos Campos –
SP: Fiel, 1981. p. 46.
[21] H. Währisch; C. Brown. Blasfemar. In:
Lothar Coenen; Colin Brown. Dicionário internacional de
Teologia do Novo Testamento. v. I (A – M), p. 233.
Sobre isso, João Calvino diz: “Ora, se tanto há de mal nesta temerária
propensão de abusar improcedentemente do nome divino, muito mais nisto, se a
nefários usos se confere, como aqueles
que o fazem servir às superstições da necromancia, às imprecações
execráveis, aos exorcismos ilícitos e a outros ímpios encantamentos.”
(Calvino, João. As
Institutas. Tradução de Waldir
Carvalho Luz. São Paulo – SP: Cultura
Cristã, 2006. vol. 2,
8, 22, p. 148. (Edição Clássica)).
[22] T.
Ress. Blasphemy. In: International Standard Bible Encyclopedia. v.
2: B – Cyrus, p. 457. (Tradução Nossa).
[25] Herman Bavinck. Apud
Hermisten M. P. da Costa, A pessoa e obra do Espírito Santo, f. 29.
O pecado contra o Espírito
Santo também não se consiste utilizar o nome do Espírito Santo para blasfemar
alguém: “É óbvio que a referencia aqui
não trata do mencionar do nome do Espírito Santo numa exclamação blasfema,
porque até mesmo a blasfêmia contra o Filho do Homem pode ser perdoada,
conforme Mt 12:32.” (H. Währisch; C. Brown. Blasfemar.
In: Lothar Coenen;
Colin Brown. Dicionário internacional de
Teologia do Novo Testamento. v. I (A – M), p. 235).
[27]
Calvino,
João. Efésios. Tradução de Walter
Graciano Martins. São Paulo – SP:
Paracletos, 1998. Ef. 4:30, p. 147.
[28] Cf.:
antropos; pátos. In: F. Wilbur Gingrich; Frederick Danker.
Léxico do N.T. grego/português, p. 24; 153.
[29] Na Bíblia, por exemplo,
encontramos Deus descansando (Gn. 2:2
– “E,
havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse
dia de toda a sua obra que tinha feito”); se arrependendo (Gn. 6:6 – “então, se arrependeu o SENHOR de
ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração”; tendo zelo ou
ciúmes (“Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu
Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até à terceira e
quarta geração daqueles que me aborrecem”); tendo comoção e compaixão (Os. 11:8 – “Como te deixaria, ó Efraim? Como
te entregaria, ó Israel? Como te faria como a Admá? Como fazer-te um Zeboim?
Meu coração está comovido dentro de mim, as minhas compaixõe, à uma, se
acendem”). (Cf.: Cf.:
Antropomorfismo. In: Champlin, Russel Norman.
Enciclopédia de Bíblia teologia e
filosofia. 6. ed. São Paulo – SP:
Hagnos, v. 1 (A - C), 2002. p. 199).
Há
também na Escritura, a linguagem antropomórfica, termo composto de duas palavras gregas, a saber: antropos = “ser humano” e morfe
= “forma”. (Cf.: antropos; morfe. In: F. Wilbur Gingrich;
Frederick Danker. Léxico do N.T.
grego/português,
p. 24; 138). Esta linguagem apresenta,
portanto, Deus, com formas humanas. Por exemplo, Deus é apresentado na Bíblia
como sendo um ser humano completo: (Êx.
15:3 – “O SENHOR é homem de guerra; SENHOR é o seu nome”); ou como tendo
partes humanas, como, por exemplo: pés (Gn.
3:8 – “Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela
viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher,
por entre as árvores do jardim”); mãos (Js.
4:24 – “Para que todos os povos da terra conheçam que a mão do SENHOR é
forte, a fim de que temais ao SENHOR, vosso Deus, todos os dias”); boca (Nm. 12:8 – “Boca a boca falo com ele,
claramente e não por enigmas; pois ele vê a forma do SENHOR; como, pois, não
temestes falar contra o meu servo, contra Moisés?”); coração (Os. 11:8 – “Como te deixaria, ó Efraim?
Como te entregaria, ó Israel? Como te faria como a Admá? Como fazer-te um
Zeboim? Meu coração está comovido dentro de mim, as minhas compaixões, à uma,
se acendem.”). (Cf.: Cf.:
Antropomorfismo. In: Russel Norman Champlin. Enciclopédia
de Bíblia teologia e filosofia. v. 1
(A - C), p. 199).
Para
ver o argumento de João Calvino (1509 – 1564) do arrependimento divino como
sendo linguagem antropomórfica ver: Calvino,
João. As Institutas. Tradução de
Waldir Carvalho Luz. São Paulo – SP:
Cultura Cristã, 2006. vol. 1, XVII, 13,
p. 226. (Edição Clássica). (Cf. também: Calvino, João. A
instituição da religião cristã.
Tradução de Carlos Eduardo de Oliveira et al. São Paulo – SP:
UNESP, 2008. Tomo I, Livro I, Cap. XVII,
13, p. 211. (Edição integral de 1559)).
Para associar esta linguagem antropomórfica com a de acomodação divina em
Calvino (1509 – 1564), ver: Matos, Alderi
S. de. Fundamentos da teologia histórica.
São Paulo – SP: Mundo Cristão, 2008.
p. 157. (Coleção Teologia
Brasileira); Helm, Paul. A
providência de Deus. Tradução de
Vagner Barbosa. São Paulo – SP: Cultura
Cristã, 2007. p. 44 – 46.
(Série Teologia Cristã).
[31]
Hermisten
Costa diz que “O Espírito se entristece
com os nossos pecados, manifestando o Seu desagrado de modo externo:
através da Palavra de Deus e interno: através da nossa consciência.” (Hermisten
M. P. da Costa, A pessoa e obra do Espírito Santo, f.
111). A palavra nos refreia de pecar, conforme afirma o Sl. 119:11 e I Jo. 2:1. John
Dagg (1794 - 1884), ao descrever a nossa consciência moral diz que “Nossas mentes foram constituídas de tal
maneira que somos capazes de perceber uma certa qualidade moral nas ações,
podendo nós aprova-las ou desaprová-las.” (Dagg,
John L. Manual de Teologia. 2.
ed. São José dos Campos – SP: Fiel,
1998. p. 4). Segundo ele, a consciência de se fazer o que é certo traz um dos
nossos mais elevados prazeres, enquanto que a angustia do remorso por causa de
alguma maldade que se fez é tão intolerável quanto outro sofrimento qualquer
que o coração humano possa sentir. (Ibid.,
p. 4).
[32]
Hendriksen,
William. Comentário do Novo Testamento: Mateus. São Paulo – SP: Cultura
Cristã, 2001. V. 2, p. 39.
[33] Herman Bavinck. Apud
Hermisten M. P. da Costa, A pessoa e obra do Espírito Santo, f. 29.
[34] Cf.: MacArthur, Jr., John F.
Os carismáticos: um panorama doutrinário. Tradução de Elizabeth Gomes. São José dos Campos – SP: Fiel, 1981. 212 p.
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